quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A Face Aparente.....



Eu, algo vivente nesta Terra,
Algo tão complexo como tu.
Entre gargalhadas soluçando,
Ou entre lágrimas silenciando.

Persistem em mim duas faces,
Uma limitada e insegura,
E outra infinita e lutadora.
Só resta agora saber qual delas sou,
Perante ti e enquanto te escrevo!

Frágil pareço pelo desconhecido,
E Forte por aquele que se deparou em mim!
Ingénua por meu sorriso liberto,
E racional perante o exterior!

Desejo assim aniquilar a Face exterior,
E deixar florir meu interior!
Meu interior julgado pelas aparências,
Quando na verdade nada em mim tentas-te!

sábado, 14 de agosto de 2010

O Abismo...



O tempo passa vagarosamente…
E acordo rodeada por sua frescura e Luz.
Entre as névoas que passaram e as que virão…
Assim me resguardo nelas docemente.

Um misto de revolta e de paz se impõe em mim…
Que posso eu fazer contra meu Fado?
A cada segundo ele me contamina o ar que respiro…
Cada vez está mais próximo o Abismo!

Apenas deixo-me levar por meu caminho sem entender seu Sentido,
A cada expiração torno o ar cada vez mais Frio,
Estou a congelar sem que ninguém repare.
Irei assim parar no Abismo!

Cairei por Terra sem Sentir nada…
E ninguém sentirá a falta de meu Rasto.
Assim tornarei minhas pegadas Invisíveis,
Até que com elas seja por meu Fado encontrada!