segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Caminhada...





Atrás de mim começo a ouvir o mar agitado livremente,
Livremente ele começa a aproximar-se do meu EU,
Do meu EU que está em cima de escadas sinuosas,
Sinuosas pedras que eu ando juntando num monte.

Assim como o mar livremente vagueia, eu também.
Assim como o mar é admirado, eu também.
Assim como o mar causa tempestade, eu também.
Assim como o mar é rodeado e limpo pelas rochas, eu também.

Este mar que é, tanto odiado como amado sempre me fascinou,
Tanto pela sua imensidão, como pela sua limpidez que me libertou,
Em suas águas reflectindo memórias tanto odiadas como amadas,
E assim deixo que a própria corrente marítima comande estas águas.

Talvez assim ao verem este mar vejam minhas duas faces reflectidas,
Como um sopro vagueando docemente e embalando um mundo,
Um mundo que nos pertence entre dois extremos com diferentes pegadas,
Pegadas benignas ou não, estou assim caminhando…

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Presente....




O Presente está perpetuado em mim em cada segundo,
Cada segundo que é marcado pela tua ausência,
Ausência que tento esquecer sugando o ar que respiro,
Respiro assim um Presente mais certo que o Futuro!

Neste presente há fantasmas que me deixam na ilusão,
Ilusão em que vivo em constante ciclo sem fim,
Sem fim procuro-te entre as gavetas de meu coração,
Meu coração que vive ainda na esperança de um sim.

Nem esta distância fez cortar nossa afinidade,
Afinidade presa aos nossos fantasmas do Presente,
Fantasmas do Presente que desejamos contra eles lutar juntos,
Juntos iremos dar um laço a este solitário Presente.