quarta-feira, 10 de junho de 2009

Sangue de Pedra....




Estou a escrever das minhas ultimas pedras que me atiraram,
Estas pedras bem aguçadas que em mim acertaram,
Elas logo que nasci me apontaram como um de seus jogos,
Elas ainda hoje me atormentam e acertam como facadas.

Elas fazem parte de meu sangue a que eu ignoro,
Ignoro porque meu coração em pedra está pelo sangue,
Porque o seu efeito em mim é mortífero,
E eu assim ando sobrevivendo e bebendo deste sangue!

Eu desejo purificar-me extraindo-o até á ultima gota,
E assim numa sepultura o enterrar e esquecer,
Esquecer aquilo que vivi com ele atormentada,
Aquilo que ando suportando e sofrendo na pele dia-a-dia sem viver.

Nunca neste meu mundo vi uma alma tão maligna envolvendo o sangue,
Porque no que diz respeito a sangue as melhores virtudes se vêem.
E tinha logo de envolver o meu sangue, como que castigo lamentável.
Tocando no meu EU sem escrúpulos, razões ou deuses que se crêem!

E minha alma desamparada quase perdi, mas acreditando me salvei.
Com as forças benignas de meu lado, presentes em minha vida perpetuada,
Assim eu cresci numa linha torta, num sangue venenoso e numa pedra sempre aguçada,
Mas ainda assim lutando e acreditando num lugar magico de paz e alegria duradoura!